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FOLGUEDOS

COLETÂNEA DE VÍDEO: ALAGOAS NOSSA TERRA

DVD 02 - Folguedos

Depoimento: CARMEN LÚCIA DANTAS 

Guerreiro! Cheguei agora. 
Nossa Senhora é nossa defesa

DEFINIÇÕES

FOLCLORE 

O folclore (do inglês folk que é gente ou povo e lore que é conhecimento) é a tradição e usos populares, constituído pelos costumes e tradições transmitidos de geração em geração. Todos os povos possuem suas tradições, crenças e superstições, que se transmitem através das tradições, lendas, contos, provérbios, canções, danças, artesanato, jogos, religiosidade, brincadeiras infantis, mitos, idiomas e dialetos característicos, adivinhações, festas e outras atividades culturais que nasceram e se desenvolveram com o povo.

A UNESCO declara que folclore é sinônimo de cultura popular e representa a identidade social de uma comunidade através de suas criações culturais, coletivas ou individuais, e é também uma parte essencial da cultura de cada nação.

Deve-se lembrar que o folclore não é um conhecimento cristalizado, embora se enraíze em tradições que podem ter grande antiguidade, mas transforma-se no contato entre culturas distintas, nas migrações, e através dos meios de comunicação onde se inclui recentemente a internet. Parte do trabalho cultural da UNESCO é orientar as comunidades no sentido de bem administrar sua herança folclórica, sabendo que o progresso e as mudanças que ele provoca podem tanto enriquecer uma cultura como destruí-la para sempre.

Fonte: Wikipedia

 

FOLGUEDOS 

Folguedos são festas populares de espírito lúdico que se realizam anualmente, em datas determinadas, em diversas regiões do Brasil. Algumas têm origem religiosa, tanto católica como de cultos africanos, e outras são folclóricas.

Fonte: Wikipedia

EM ALAGOAS

 

O folclore alagoano tem suas raízes com origem nos três elementos colonizadores do povo brasileiro, ou seja:
o negro, o branco e o índio.

As manifestações folclóricas acontecem durante todo ano, de acordo com o período festivo. Segundo estudiosos, estimasse que o Estado possua 29 variedades desde danças e torés aos folguedos vinculados a festejos natalinos, festas religiosas e carnavalescas. Beleza e originalidade é o que não falta no folclore alagoano, conhecido nacionalmente pela desenvoltura e traje dos grupos, que difundem a cultura do Estado em todo país e em outros continentes.

Os folcloristas pioneiros são os responsáveis pela decantada riqueza das manifestações folclóricas de Alagoas, com destaque para Théo Brandão, homenageado pelos alagoanos com um museu que recebe seu nome.

 

Diferenciações

O essencial para diferenciar a categoria dança da categoria folguedos é o sentido de representação, ausente nas danças e presente nos folguedos. No folguedo o indivíduo assume provisoriamente um ou vários papéis na apresentação, o que não acontece na dança em que continua a ser ele mesmo.

Fonte: ETUR

 

 

Alagoas é o Estado que possui a maior diversificação em folguedos. Segundo os estudiosos do folclore, possuímos
treze folguedos natalinos, dois folguedos de festas religiosas, oito folguedos carnavalescos, sendo quatro com estrutura simples, três danças e dois torés, totalizando vinte e nove folguedos e danças genuinamente alagoanas.

 

Fonte: FMAC/Wiki

Referências:

ROCHA, José Maria Tenório. Folclore Brasileiro: Alagoas. Rio de Janeiro: MEC / FUNARTE / Secretaria de Assuntos Culturais, 1977. 79p.

_____ . Folguedos e Danças de Alagoas: sistematização & classificação. Maceió: Secretaria de Educação e Cultura de Alagoas / Comissão Alagoana de Folclore, 1984.

 

FOlguedos

Folguedos e Danças

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natalinos

 

FOLGUEDOS NATALINOS

 

Ao apagar das fogueiras juninas, inicia-se o período de ensaios para os vários folguedos natalinos. Em diversas regiões do Estado de Alagoas, aos sábados e domingos, reúnem-se mestres, tocadores, ensaiadores e brincantes para os ensaios desses grupos, geralmente realizados ao lado de bodegas, onde o proprietário consegue recursos para o traje da brincadeira.

Fonte: FMAC/Wiki

 

 

  • BAIANAS

Grupos de dançadores trajados com vestes convencionais de baianas, que dançam e fazem evoluções ao som de instrumentos de percussão.

Constitui uma modificação rural dos maracatus de Pernambuco com elementos dos pastoris e dos cocos com a denominação de Samba de Matuto ou Baianal. Não possui enredo determinado. As baianas cantam uma sequencia constituída de marchas de entrada ou abrição de sede, peças variadas e, por fim, a despedida.

Fonte: Ruídos Ordenados

 

 

 

  • BUMBA MEU BOI

O Bumba meu boi é uma dança do folclore popular brasileiro, com personagens humanos e animais fantásticos. Ela gira em torno de uma lenda sobre a morte e ressurreição de um boi. A história mais comum aborda a escrava Catirina (ou Catarina), grávida, que pede ao marido Chico (ou Pai Francisco) para comer língua de boi. O escravo atende ao desejo da esposa, matando o boi, e sendo preso a mando do dono da fazenda. Com a ajuda de curandeiros, o boi é então ressuscitado.

A festa tem ligações com diversas tradições, africanas, indígenas e européias, inclusive com festas religiosas católicas, sendo associada fortemente ao período de festas juninas. Em Alagoas, a apresentação do Bumba é semelhante a um teatro de revista. Consta de desfila de bichos e personagens fantásticos, ao som de cantigas entoadas por cantores do conjunto musical que faz o acompanhamento.

Sidinéia Tavares - Referencias: Wikipedia e Destino ALagoas

 

 

 

 

  • CAVALHADA

A Cavalhada é realizada em amplas praças ou parque, geralmente próximo de igrejas. Os participantes, doze cavaleiros ou pares, são divididos em cordões – azul e encarnado – que tentam retirar, com uma lança, as argolinhas suspensas pela garra. Tem origem nos torneios medievais. Era uma forma de entretenimento dos cavaleiros cansados das lutas e das guerras. Teve época áurea na França durante o reinado de Luiz XIII, especialmente por ocasião de seu casamento. Durante o reinado de Luiz XIV, teve aceitação. Penetrou no Brasil no século dos descobrimentos.

Fonte: Ruídos Ordenados

 

 

 

  • CHEGANÇA

De origem Européia e temática marítima, a Chegança trata sobre temas vinculados à vida no mar, às dificuldades como tempestades, calmarias, contrabando, brigas entre marujos e ainda as lutas entre os cristãos e os mouros infiéis, seguidores de Maomé.

A chegança é a versão nordestina, das mouriscadas. Quase toda cantada e bailada, realiza-se numa barca armada especialmente para tal fim, e seus figurantes, como no fangando, vestem-se à marujá, de acordo com as suas patentes e postos. É uma dramatização das lutas portuguesas, da tragédia que foi a conquista marítima. Mostrando os grandes feitos náuticos, a chegança apresenta-se como o canto nostálgico dos homens simples, pescadores.

Conta com vários personagens: almirante, capitão, capitão-de-mar-e-guerra, mestre piloto, mestre patrão, padre-capelão, doutor cirurgião, oficiais inferiores, marujos e dois gajeiros.

No passado, o folguedo era apresentado em uma barca, feita de "taipa", construída nas praças ou em locais de festas natalinas, aonde o folguedo iria se apresentar. Hoje em dia já não existe mais esta estrutura. As apresentações acontecem em palanque comum ou em locais planos.

Sidinéia Tavares - Referencias: Wikipedia, Secult AL e Destino Alagoas 

 

 

 

  • FANDANGO

Possuindo nítida formação portuguesa o Fandango também reza por assunto marítimo, que corresponde à Marujada, Barca e à nau catarineta de outros estados brasileiros. Não se confundi com os Fandangos do Sul do país, de origem espanhola, pois, naquela região, Fandango é sinônimo de danças ou sequência de danças. Em Alagoas, o Auto não possui um enredo ordenado ou lógico. É constituído por uma série de cantigas náuticas de diversas épocas e origens que retratam odisseias marítimas dos navegadores portugueses, lembrando os sofrimentos de uma nau perdida, o sofrer da tripulação pela calmaria, fome, desespero e a solidão do mar. Retrata ainda as lutas e o heroísmo dos marujos.

Fonte: FMAC/Wiki

 

Personagens: almirante, capitão, capitão-de-mar-e-guerra, mestre piloto, mestre patrão, oficiais, marujos e gajeiro.

Trajes: oficiais com quepe de pala, paletó azul marinho com camisa e gravata preta, ornado de platinas e alamares, calças brancas, espadas e espadins; marujos de gorro e blusa maruja da mesma cor que a dos oficiais.

Instrumentos: rabeca e viola.

 

 

 

  • GUERREIRO

Resultado da fusão do Reisado alagoano, da Chegança, dos Caboclos e dos Pastoris, entre as décadas de 1920 e 1930, o Guerreiro originário da região que compreende hoje as cidades de Viçosa, Chã Preta e União dos Palmares, como admitiam os folcloristas, foi considerado uma das mais representativas manifestações populares do país.

Segundo a historiadora Albuquerque, em sua obra História de Alagoas (2002, p.323), “o Guerreiro, originado de Alagoas, é uma modificação do Reisado, apenas acrescentando outras figuras, como a Estrela de Ouro, a Lira, a Banda da Lua, o general e outras”.

O folguedo possui cerca de trinta e cinco personagens em sua formação original, acompanhando a figura principal, essa que trás em seu chapéu o brilho das lantejoulas, decoradas com areia brilhantes, espelhos e o colorido das fitas, em forma de igrejas e catedrais sobre as vestimentas inspiradas nos reisados e nos antigos trajes da nobreza. O mestre é facilmente identificado pelas tiradas de discursos cantados, incluindo as peças que são intercaladas por danças não cantadas.

 

Fonte: VILELA, André Misael. Campanha publicitária para mídia impressa: Identidade cultural dos folguedos populares da cidade de Viçosa – AL

 

 

 

  • MARACATU

Maracatu é uma dança processional e cortejo real, parte dos Reinados dos Gongos. Não se deve confundir com o Auto dos Gongos, porque é uma reinterpretação deste. A palavra Maracatu é termo africano que significa dança ou batuque. O Maracatu já foi chamado de “Candomblé de Rua”, porque é um grupo de adeptos das religiões afro-brasileiras que saem às ruas para fazer saudação aos orixás, ou “santos” dessas religiões. Em pleno carnaval ou natal, eles, contritos, reverenciam os encantados. Ao saírem do terreiro ou sede, fazem o “padê” de Exu, despacho seguido de orações para que essa entidade não perturbe o andamento do ritual. O Maracatu pernambucano penetrou com tanta intensidade em Alagoas que criou formas alagoanas dessa manifestação, assim como as Cambindas, o Samba-de-Matuto, as Negras da Costa, Baianas e as Caboclinhas. Sua origem dá-se por certas características como dignidades e desfiles reais, então a evidente a origem europeia ganha força, porém, se confundem com as origens africanas.

Fonte: FMAC/Wiki

 

 

 

  • MARUJADA

A Marujada que ressurge em Alagoas possui elementos de folguedos náuticos, Reisados, Taieiras e Pastoris. É realmente um folguedo eclético. Por ser variante do Fandango, possui origem lusitana, mesclada às outras origens. A mestra Josefa Bispo, introdutora desse folguedo, aprendeu a dançar Marujada no sítio Braúna, em Palmeira dos índios, com uma dançadora chamada Antônia, e tem uma versão muito singular para explicar a origem dessa marujada. Ela afirma que uma mulher que vivia no Rio de Janeiro, quando passeava na beira do mar, ouviu os marinheiros cantando e trouxe para Alagoas, dançando apenas em casa. Com sua morte a família ficou dançando e assim espalhou o folguedo.

Fonte: FMAC/Wiki

 

 

 

  • PASTORIL

O mais conhecido e difundido folguedo popular alagoano, o Pastoril é uma fragmentação do Presépio, sem os textos declamados e sem os diálogos. É constituído apenas por jornadas soltas, canções e danças religiosas ou profanas, de épocas e estilos variados. Composto pelos seguintes personagens: mestra, contramestra, Diana, pastorinhas, cigana, anjo, demônio, pastor e borboleta. Com exceção do pastor, todas as outras personagens são interpretadas por brincantes do sexo feminino. O traje da maioria das personagens remete ao campo e é composto de saia, camisa, colete, avental e chapéu de palha O auto traz um “duelo” entre os dois cordões – o azul e o encarnado (como é denominado, no pastoril, o vermelho). A Diana é neutra na disputa e, por essa razão, tem roupa de duas cores: um lado vermelho e o outro azul. Nas mãos, as brincantes trazem um pandeiro enfeitado com as fitas na cor do cordão ao qual pertencem.

Entre as jornadas, as pastoras são chamadas em cena para receberem as contribuições financeiras da plateia – são elas que irão determinar a disputa entre os dois cordões. Depois de diversas apresentações, costuma-se fazer a coroação do cordão vencedor, ou seja, aquele que recebeu as maiores contribuições.Como os Presépios, origina-se de autos portugueses antigos, guardando a estrutura dos Noéis de Provença (França). Em fins da década de trinta do nosso século, surgiu em Maceió um tipo de pastoril diferente. Era um arremedo do pastoril comum, feito por rapazes, jovens estudantes, que pretendiam fazer graças e provocar risos. A essa interpretação do fato folclórico chamaram de “Pastoril dos estudantes” ou “Pastoril de estudantes”.

Fonte: FMAC/Wiki

 

 

 

  • PRESÉPIO

Auto apresentado em três partes (três atos) o Presépio, versa sobre o nascimento de Jesus Cristo. Corresponde ao Auto das Pastorinhas de outros estados. Este, originou o Pastoril, e por isso guarda alguns de seus elementos como os cordões azul e encarnado, mestra, contramestra e a Diana. Origina-se dos antigos autos pastoris portugueses que eram formas de dramatizações medievais, como os autos sacramentais, os mistérios e as moralidades. Guarda a mesma estrutura dos Noéis ou autos de Natal de Provença, no sul da França. Em Alagoas, o auto está quase desaparecido e guarda poucos grupos de apresentação.

Fonte: FMAC/Wiki

 

 

 

  • REISADO

Folguedo natalino, o Reisado alagoano tem sua raiz na tradição católica portuguesa que, como costume, saía de porta em porta anunciando a chegada do Messias durante o Natal, e o dia de Reis (06 de janeiro), período que compreende a representação do nascimento de Cristo.

Patrocinadas pelos senhores de engenho para animar as grandes festas na casa grande, as homenagens não compreendiam apenas esse período festivo. Os mesmos se apresentavam também nas confraternizações em outras datas para prestar louvores aos donos das casas onde dançavam.

Dentre os folguedos alagoanos o reisado se constitui como um dos mais fortes e mais antigos. É formado por cantores, dançadores e músicos, e dele surgiu o folguedo nominado de “Guerreiro”.

 

Fonte: VILELA, André Misael. Campanha publicitária para mídia impressa: Identidade cultural dos folguedos populares da cidade de Viçosa – AL

 

 

 

  • QUILOMBO

Não existe, de nenhum modo, ligação entre o fato histórico dos Quilombos dos Palmares com o folguedo. O Quilombo é uma adaptação local ou uma reinterpretação de origem branca e erudita de danças brasileiras e européias que demonstram lutas ora entre negros e brancos ou, mouros e cristãos ou negros e índios (caboclos). O auto é apresentado em barracas ou ranho de palha, enfeitado com bandeirinhas e realiza-se em três etapas. É acompanhado pelo som do Esquenta Mulher (banda de pífano).

Fonte: Ruídos Ordenados

 

 

 

  • TAIEIRAS

Dança-cortejo de caráter religioso afro-brasileiro, as Taieiras remontam aos tempos da escravidão e não possuem um enredo específico e faz louvação a São Benedito e a Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos pretos. São um cortejo natalino formado por mulheres vestidas de blusas e saias rodadas que dançam e cantam ao som de instrumentos percussivos como o tambor, o maracá, o reco-reco e o pandeiro. O folclorista Théo Brandão destaca que o folguedo deriva de outro, as baianas.

Fonte: FMAC/Wiki

baianas
bumba
cavalhada
cheganca
fandango
guerreiro
maracatu
marujada
pastoril
presepio
reisado
quilombo
taeieira
Religiosos

 

FOLGUEDOS RELIGIOSOS

 

No calendário cultural do Estado de Alagoas, vamos encontrar as Festas de Santos Católicos. Essas festas, geralmente montadas na matriz local, contam, além da parte religiosa (Missas, novenas, procisões), com quermesses, leilões, jogos de azar, bares, etc. Em algumas cidades do interior, como o povoado do Poxim (Coruripe) e o povoado da Tapera (Anadia), existem folguedos apropriados para a festa dos Padroeiros. São José, padroeiro do Poxim, tem em Mané do Rosário, um folguedo que se apresenta durante todo o dia de festa pelas principais ruas do povoado, o seu anunciante. O mesmo acontece com um grupo de mascarados, denominados Bandos, que percorrem, a pé ou a cavalo, os principais logradouros do povoado da Tapera anunciando a festa de Santa Luzia acompanhado de esquenta-mulher. Nas demais festas alagoanas, é notória a presença de folguedos oriundos do período natalino e carnavalesco.

Fonte: Secult AL (Página pesquisada em fevereiro de 2011 – atualmente fora do ar) 

 

  • MANÉ DO ROSÁRIO

Folguedo originário do Povoado do Poxim, antigamente chamada de Vila Real do Poxim, no município de Coruripe, em Alagoas. Surgiu no séc. XVIII, com o aparecimento inesperado de dois "bobos" (mascarados) dançando e tocando durante os festejos de São José, até sumirem anos depois. A população, saudosa da brincadeira, resolveu apresentá-la copiando dos mascarados as danças, trejeitos e roupas.

São 40 componentes entre homens, mulheres e crianças que se apresentam usando máscaras, chapéus, luvas de meias, cintos com chocalhos e acompanhados por uma banda de pífanos, fazendo acrobacia pelo trajeto que passam.

Fonte: Secult AL (Página pesquisada em fevereiro de 2011 – atualmente fora do ar) 

 

 

 

 

  • BANDOS

Folguedo ligado aos festejos em homenagem a Santa Luzia, o bando é composto por um grupo de mascarados – a pé ou montados a cavalo – que correm e dançam ao som de uma banda de pífanos (conhecida popularmente como Esquenta Mulher). Sem enredo, o folguedo religioso tem o propósito de convidar a população para a festa. Para isso, participam da procissão do mastro e, em frente à igreja, fazem a conclamação dos fiéis tocando um sino. As máscaras usadas são confeccionadas com papel jornal pelos próprios  integrantes do grupo.

Fonte: FMAC/Wiki

 

mane
Bandos
carnavalescos

 

FOLGUEDOS CARNAVALESCOS

cambindas
  • CAMBINDAS

Dança-cortejo, sem enredo ou drama, na qual as cantigas dançadas fazem referências a assuntos do cotidiano e santos católicos. Embora cultuem São Benedito, nos cânticos não há a menor referência a seu nome, nem o grupo possui ligações com as religiões afro-brasileiras. Cambindas são sinônimos ou adaptações alagoanas dos Maracatus de nação, oriundos de Pernambuco, penetrados em Alagoas através dos municípios da região norte do Estado. Cabinda, Cambinda ou Kabenda, segundo Mário de Andrade, era um reino de gente africana próximo de Loanda, Angola. Nina Rodrigues identifica os Cambindas aos conguenses. Na verdade, eram indivíduos de diferentes tribos, que tomaram o nome genérico do Golfo de Cambinda, onde embarcavam para o Brasil. As músicas tocadas para as danças têm rítmo forte, contagiante, algumas são chamadas de “pancada-motor”. As cantigas, algumas improvisadas e outras decoradas, são “tiradas” pelo mestre, sendo respondidas pelas baianas.

Fonte: Ruídos Ordenados

 

 

 

 

 

  • NEGA DA COSTA

Nega da Costa que consiste em um grupo de homens com o rosto e braços pintados de preto com carvão vegetal, vestidos de baianas, com roupas alvíssimas, enfeitados de rendas, bicos, e para completar a indumentária um torso, brincos, pulseiras e anéis de miçangas. O grupo trás a representatividade dos negros escravos que se vestiam como as negras para enganar os senhores de engenho da do período escravocrata.

A coreografia consiste em danças do tipo "samba de matuto", bem no estilo do baianal. Os dançarinos formam como as baianas e os pastoris, dois cordões, tendo no centro "pai véio" e a "mãe véia". A "mãe véia" traz na cabeça um balaio cheio de flores e frutos, e o "pai véio" carrega nos braços a calunga.

Atualmente o único município alagoano que preserva este folguedo é Quebrangulo. Na cidade a tradição é tão presente que habitualmente crianças, jovens e adultos formam equipes diferentes, para se apresentarem em todos os eventos festivos municipais.

O primeiro grupo de Nega da Costa de Quebrangulo foi fundado por volta de 1910, pelo mestre Basílio, descendente de escravos, com o objetivo de resgatar a cultura de seus antepassados que dançavam a Nega da Costa nas senzalas.

Sidinéia Tavares – Referencias: Quebrangulo e Jangada Brasil   

 

 

 

 

  • SAMBA DE MATUTO

O Samba de Matuto com sua origem carnavalesca, não tem enredo. Possui relação com os Maracatus pernambucanos e é uma espécie de cantiga dançada que fala dos santos católicos e, sobretudo, de entidades religiosas de origem africana. Como no Pastoril, possui dois cordões: o azul e o encarnado. É comum realizar, na abertura de cada apresentação, uma saudação aos orixás. As integrantes do Samba de Matuto vestem blusas e saias rodadas

Fonte: FMAC/Wiki

 

 

 

 

  • CABOCLINHAS

Caboclinhas é um folguedo carnavalesco no qual os personagens usam trajes feitos com penas e acessórios de conchas e sementes. Considerado um folguedo híbrido (que resulta da mistura entre dois ou mais tipos de folguedos), tem origem, segundo José Aloísio Brandão Vilela, nos famosos Maracatus pernambucanos, no Reisado alagoano, nas Baianas e no Samba de Matuto. Embora não possua um enredo, traz diversos personagens: mestre, contramestre, embaixadores, vassalos, Mateus, rei, lira, general, borboleta, estrela de ouro, rei Catulé e caboclinha. Em suas apresentações, é acompanhado de uma banda de pífanos. Atualmente, segundo informações da Associação dos Folguedos Populares de Alagoas, há apenas um grupo de caboclinhas em atividade no Estado: na cidade de Passo de Camaragibe, litoral norte de Alagoas.

Fonte: FMAC/Wiki

 

 

 

 

Folguedos Carnavalescos com Estrutura Simples

 

 

  • BOI DE CARNAVAL

Apesar de algumas semelhanças à primeira vista, o Boi de Carnaval e o Bumba-meu-boi são folguedos diferentes, embora o primeiro seja derivado do segundo, o Boi de Carnaval possui estrutura mais simples, embora também narre, como o Bumba-meu-boi, a morte e ressurreição de seu protagonista, o boi. Na capital alagoana, o folguedo carnavalesco afirmou-se e é considerado por antropólogos e folcloristas como uma das expressões populares mais significativas do carnaval alagoano. Hoje há até disputas entre diferentes grupos da cidade, que participam de mostras e festivais.

Fonte: FMAC/Wiki

 

 

 

 

  • URSOS DE CARNAVAL

O Urso de Carnaval ou La Ursa, como é mais conhecido, é um folguedo que sai às ruas somente no período de carnaval, é formado por foliões que brincam com um urso feito de estopa, fibras vegetais e outros materiais. Como diversos grupos carnavalescos, pedem comida, bebida e dinheiro de porta em porta. Não se sabe, ao certo, a origem do folguedo, há estudos que o apontam como italiano e outros que o relacionam a danças africanas. Em Maceió, é mais comum a existência de grupos no bairro do Tabuleiro.

Fonte: FMAC/Wiki

 

 

 

 

  • GIGANTÕES (BONECAS)

Bonecas gigantes que possuem de dois a três metros de altura. Veste-se com tecido colorido de chitão. De origem européia são comuns em procissões e festas. A boneca é conduzida por um homem localizado no seu interior. O cortejo é formado ainda pelos tocadores e eventuais participantes

Fonte: Ruídos Ordenados

 

 

 

 

 

 

 

 

  • A COBRA JARARACA

A Cobra Jararaca é um grupo constituído por dez a quinze rapazes que, trajando “shorts”, lambuzam-se com tintas e pós, e brincam durante o carnaval amarrados por uma corda. Vão de porta em porta fazendo pedidos de dinheiro, bebidas e tira-gostos. É uma brincadeira muito antiga do Pontal de Coruripe, tanto que alguns dos participantes afirmam: “meus avós já falavam nessa cobra”. Outras informações provam que a brincadeira foi criada por um pescador chamado Mané do Balaio, há muitos anos passados.

Fonte: FMAC/Wiki

 

nega
samba
caboclinhas
boi
urso
gigantoes
cobra
Tores

 

TORÉS

 

São duas as vertentes do Toré. O de origem indígena é considerado o verbo encarnado pelos índios, elemento de ligação entre ei-uka – senhor do mundo e criador de todas as coisas – Deus para os católicos, e os homens. Para agradecer e agradar as divindades ou para rezar suas orações, os caboclos dançam em círculo, fazendo movimentos coreográficos simples e ritmados. Ora, os brancos, ouvindo os índios dizerem que iam cultuar Toré, entenderam que a dança ritual possuía esse nome e Toré passou a designar, para os homens brancos, a dança dos índios. Esse erro de interpretação permanece até hoje. Já o Toré de Xangô é prática de terreiro afro-brasileiro. Corresponde ao catimbó e a pajelança de outros Estados. É a reunião dos crentes com a finalidade de encontrar remédios para os doentes, que são recebidos através dos caboclos que baixam e receitam ao som dos maracás.

Fonte: FMAC/Wiki

  • TORÉ DE ÍNDIOS

De origem indígena, a dança é praticada desde 1740.  Os índios dançavam para agradecer as divindades, ou para fazer suas orações. Os trajes são iguais aos dos seus antepassados. Os índios dançam em círculos, fazem coreografias simples e ritmadas.

 

 

 

 

 

 

 

  • TORÉ DE XANGÔ

De origem indígena, o toré é prática de terreiro afro-brasileiro. Corresponde ao catimbó e a pajelança de outros Estados. É a reunião dos crentes com a finalidade de encontrar remédios para os doentes, que são recebidos através dos caboclos que “baixam” e receitam ao som dos maracás. Como manifestação folclórica, comparável no sentido de apresentações, a um folguedo qualquer, um reisado, um guerreiro, etc.

Fonte: Ruídos Ordenados

indio
Xango
danca

 

DANÇAS

 

  • DANÇA DE SÃO GONÇALO

Dança ritual religiosa destinada especialmente a pagar promessas. São Gonçalo foi um padre português que, tentando acabar com a devassidão e os maus costumes de sua gente, encontrou um meio eficaz de catequizar os pecadores: aprendeu a tocar viola e começou a dançar e tocar entre as prostitutas. Depois que elas estavam exaustas de danças, ele pregava os princípios da doutrina cristã e elas recebiam de bom grado os ensinamentos. Para se mortificar, o padre colocava pregos nos sapatos para ferir os pés, fazendo deste modo, autossuplício.

De origem ou aculturação portuguesa, foi inicialmente apresentada no interior dos templos religiosos católicos. Depois foi proibida pelas autoridades por seu caráter mundano. Proibida permaneceu nas zonas rurais onde ainda é praticada e aceita.

Personagens: O Mestre, também tocador de viola, o Contramestre e tocador de meia-cuia, dois Guias (os segundos elementos de cada cordão) e os participadores dançarinos.

Vestimenta: Roupas comuns do dia-a-dia ou roupas para dias de festas.

Localização: Água Branca, Serra do Oricuri.

Fonte: Etur

 

 

 

  • COCO ALAGOANO

O Coco é uma dança de origem negra e possivelmente surgiu na zona fronteiriça de Alagoas e Pernambuco, num cordão de serras ocupadas no século XVII pelo célebre Quilombo dos Palmares. A batida forte dos pés, também chamada de tropel, e o balançado do ganzá marcam o ritmo desse folguedo de origem afro-brasileira.

Em Maceió, por ocasião da virada do século XIX para o século XX, fundou-se uma sociedade com o nome de Cocadores Federais, composta de funcionários dos Telégrafos e da Delegacia Fiscal do Tesouro Nacional, com o fim de solenizar a entrada do novo milênio dançando-se o Coco e cantando emboladas.

O Coco pode ser dançado calçado ou descalço, e, aparentemente, não existe data exata para ser dançado, embora seja mais facilmente encontrado em Junho, devido ao período festivo dos santos Antônio, João e Pedro. A brincadeira do Coco pode ser dançada apenas com as palmas ritmadas de seus integrantes.

É importante ressaltar que o que predomina no Coco é o espirito de união comunitária. Alguns folcloristas afirmam que a batida do coco é devido ao período em que as comunidades faziam mutirões para construção de casas de barro. A batida do pé era a forma mais divertida de bater o barro.

Sidinéia Tavares – Referencias: wikialagoas.al.org.br e  Artigo Danças Folclóricas Alagoanas

 

 

 

 

  • RODA DE ADULTOS

As Rodas de Adultos de Alagoas correspondem as Cirandas de outros estados brasileiros. Surgem intercalados as danças de Coco ou Pagode e servem para animar ou descansar os dançadores de Coco. No século XIX assinalou-se em Alagoas várias danças de rodas de adultos, entre as quais: Ciranda, Margarida, Caranguejo, etc

As Rodas de Adultos em Alagoas são originarias de danças rurais portuguesas e europeias.

Personagens: Mestres ou tirados de cantigas e tocadores.

Vestimenta: Roupa comum 

Fonte: Etur

 

coco
roda
capoeira

 

OUTRAS DANÇAS

 

  • CAPOEIRA

A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura arte-marcial, esporte, cultura popular e música. Desenvolvida no Brasil principalmente por descendentes de escravos africanos com alguma influência indígena, é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando primariamente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas, cotoveladas, acrobacias em solo ou aéreas. Com fortes ligações à Bahia a Capoeira também se faz presente, de forma bem organizada, no estado de Alagoas. Uma característica que distingue a capoeira da maioria das outras artes marciais é a sua musicalidade. Praticantes desta arte marcial brasileira aprendem não apenas a lutar e a jogar, mas também a tocar os instrumentos típicos e a cantar. Um capoeirista experiente que ignora a musicalidade é considerado incompleto.

A palavra capoeira é originária do tupi-guarani, que significa “o que foi mata”, através da junção dos termos ka’a que significa “mata” e pûer que significa “que foi”. Refere-se às áreas de mata rasteira do interior do Brasil onde era praticada agricultura indígena. Acredita-se que a capoeira tenha obtido o nome a partir destas áreas que cercavam as grandes propriedades rurais de base escravocrata. Capoeiristas fugitivos da escravidão e desconhecedores do ambiente ao seu redor, frequentemente usavam a vegetação rasteira para se esconderem da perseguição dos capitães-do-mato

Fonte: FMAC/Wiki

 

 

 

 

 

  • DANÇA DA FITA

A Dança da Fita é uma manifestação milenar de origem europeia que se instalou em nosso país nos estados do sul, através dos imigrantes no século passado e hoje difundida em vários estados brasileiros assim como em Alagoas, mesmo que pouco lembrada por aqui. Essa manifestação é uma reverência feita à árvore, após o rigoroso inverno europeu. Nas aldeias, os colonos, no prenúncio da primavera, realizavam a Dança da Fita para homenagear o renascimento da Árvore. A Dança da Fita é desenvolvida da seguinte maneira: é colocado no centro um mastro chamado pau-de-fita de aproximadamente três metros de altura com doze fitas (duas vermelhas, duas verdes, duas amarelas, duas azuis, duas rosas e duas azul marinho). Ao lado do mastro, formam-se duas filas, do lado direito os homens e do esquerdo as mulheres. Na cabeceira das duas filas fica o mestre e num sinal feito através do apito tem início a dança. O primeiro movimento é conhecido como preparação da terra para o plantio da árvore. No segundo movimento os dançadores cruzam as fitas, que significa a escolha da semente. No terceiro movimento inicia-se a semeadura. No quarto já se percebem as tranças formadas em um total de cinco trançados diferentes que simbolizam as raízes. Quando o mastro fica totalmente coberto pelas tranças, os adultos são substituídos pelas crianças que irão realizar a destrança. As crianças simbolizam as folhas da árvore. Quando termina o movimento executado pelas crianças o mastro é transformado simbolicamente em árvore, sendo este o final da dança.

Fonte: FMAC/Wiki

 

 

 

 

 

  • MACULELÊ

Maculelê é um tipo de dança folclórica brasileira de origem afro-brasileira e indígena. Em sua origem era uma arte marcial armada, mas atualmente é uma forma de dança que simula uma luta tribal usando como arma dois bastões, chamados de grimas (esgrimas), com os quais os participantes desferem e aparam golpes no ritmo da música. Num grau maior de dificuldade e ousadia, pode-se dançar com facões em lugar de bastões, o que dá um bonito efeito visual pelas faíscas que saem após cada golpe. Esta dança é muito associada a outras manifestações culturais brasileiras como a Capoeira e o frevo.

Fonte: FMAC/Wiki

 

 

 

 

 

  • QUADRILHA

Dançada originalmente pelos camponeses ingleses, conhecida com “country dance”, na qual descendentes de celtas e saxões executavam velhos rituais pagãos num Reio Unido já cristianizado, espalhando-se pela França durante a Guerra dos Cem anos, com o nome afrancesado de “contredance”. A dança perdeu o formato roceiro característico e tomou um estilo de dança nobre ou dança de corte nos principais reinados europeus. No Brasil, a dança de quadrilha, assim como era chamada em Portugal, foi trazida praticamente com a vinda da Família Real Portuguesa, em 1808. No Brasil, durante o período regencial, a dança de quadrilha causava grande frenesi entre a alta sociedade da época, principalmente com a vinda de orquestras de dança de Millet, Cavalier e Tolbecque. A dança se popularizou e aqui ganhou várias derivações como a “Quadrilha Caipira” em Minas Gerais, o “Baile Sifilítico” na Bahia e o “Saruê” no Brasil Central.

Fonte: FMAC/Wiki

 

fita
Maculele
Quadrilha
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